quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ás vezes só queria Dez minutos. Seria pedir muito???



Você pergunta se tenho dez minutos e eu digo que sim…
Talvez não seja tanto tempo a dispor… certamente pouco para muito a dizer e fazer… os segundos começam a contar!
Pergunta como estou e digo que penso em você.
Confere os meus gestos, lábios e sorrisos e me entrego pelo nervosismo.
Olha nos meus olhos e nem preciso te ouvir falar para saber que queremos o mesmo.
Toca o meu rosto e me leva para perto de você.
Perto demais… nesse momento os dez minutos parecem eternos… quero que você me solte, mas não quero ir. Quero fugir, mas quero ficar. Quero muitas coisas, mas nada tanto quanto um beijo seu.
E te beijo… sem pressa e sem lembrar que o tempo passa.
Me afasto… talvez para saber se o seu rosto é mais lindo de longe ou de perto… e vejo que é lindo em qualquer dimensão.
Ameaço desistir e você me diz que é preciso tentar… volto atrás. A proximidade não me permite ser racional.
Quero mais beijos… esqueço os dez minutos. Se o tempo puder congelar, alguém por favor, aperta o pause.
Tenho consciência de todos os sentidos… sua imagem, seu cheiro, seu gosto, sua pele, a música que toca nesse momento… nada além disso. Tudo que trago na mente, desaparece… durante dez minutos, é apenas você.
Todas as minhas atenções, direções, pensamentos e sentimentos, remetem à você naquele instante.
Sinto saudade de nós, sem nunca termos ficado juntos… e quanto mais imagino, mais vontade sinto.
Dez minutos para falar, tocar, beijar, abraçar, sorrir, relembrar, planejar, enlouquecer, duvidar, acreditar, sentir… e acordar.
Hora de voltar! Tempo esgotado… satisfatório para amenizar, mas insuficiente para se entregar.
Dez palavras, dez beijos, dez sussurros, dez minutos… e por fim, nos desprendemos… pelo menos até o próximo desejo.

Ouvi um velhinho dizer: “Amei a mesma mulher durante 50 anos”… Pensei: “que lindo”, até que ele disse :”Queria que ela soubesse disso”.



"Sabe quando a gente era criança e acreditava em conto de fadas? Naquela fantasia de como seria a vida... Vestido branco, príncipe encantado, que levaria a gente para um castelo nas montanhas... Deitava na cama a noite, fechava os olhos e tinha a mais completa fé... Papai Noel, fada dos dentes, príncipe encantado... Eles pareciam tão reais que a gente quase tocava neles! Mas com o tempo a gente cresce, e um dia a gente abre os olhos e o conto de fadas já era. A maioria se apoia em coisas e pessoas das quais pode confiar. Mas o fato, é que é difícil se livrar do conto de fadas completamente, porque quase todos ainda tem aquela esperançazinha, aquela fé, de que algum dia, vão abrir os olhos e tudo vai virar realidade.
No fim do dia, a fé é uma coisa engraçada. Ela aparece quando você não a espera... É como se um dia você percebesse que o conto de fadas pode ser levemente diferente do que você sonhou. O castelo... bem, pode não ser bem um castelo. E não é tão importante que seja feliz depois de tudo, apenas que seja feliz agora. Veja, de vez em quando... muito raramente... as pessoas vão te surpreender. E de vez em quando... as pessoas vão tirar o seu fôlego."


Grey's Anatomy
segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Já dei muito valor ao que perdi, chegou a hora de valorizar o que eu conquistei." Di Ferrero



"Paixão não tem fórmula, não tem lógica, não tem regra. Ela chega sorrateira e, quando você menos espera, tá apaixonado! E não pense que é você que escolhe , porque não é. Se você tá saindo de uma paixão, acredite: você vai se apaixonar de novo. Se você tá começando uma paixão, faça dela a mais feliz do mundo! Agora mesmo existem milhões de pessoas prontinhas pra se apaixonar. Quem é que não quer encontrar o grande amor da sua vida?"

2º episódio, da 2ª temporada de Aline 

"O CASAL PERFEITO"


O que eu preciso agora? De calma. De silêncio mesmo. Preciso de alguém que diga 
“Ei, engole o choro… Tá tudo bem, já passou e eu só sairei daqui quando você mandar.”
 E mesmo que eu mande, permaneça ali, me confortando e devolvendo a paz que tanto quero. 
Então se não for pedir muito, será que você poderia me abraçar? 

A solidão dos homens tem a medida da solidão de suas mulheres.
Isso eu disse e escrevi - e repito - em dezenas de palestras por este país afora.
Aí me pedem para escrever sobre o casal perfeito: bom para quem gosta de desafios.
O casal perfeito seria o que sabe aceitar a solidão inevitável do ser humano, sem se sentir isolado do parceiro - ou sem se isolar dele?!
O casal perfeito seria o que entende, aceita, mas não se conforma, com o desgaste de qualquer convívio e qualquer união?!
Talvez se possa começar por aí: não correr para o casamento, o namoro, o amante (não importa) imaginando que agora serão solucionados ou suavizados todos os problemas - a chatice da casa dos pais, as amigas ou amigos casando e tendo filhos, a mesmice do emprego, chegar sozinho às festas e sexo difícil e sem afeto.
Não cair nos braços do outro como quem cai na armadilha do "enfim nunca mais só!", porque aí é que a coisa começa a ferver.
Conviver é enfrentar o pior dos inimigos, o insidioso, o silencioso, o sempre à espreita, o incansável: o tédio, o desencanto, esse inimigo de dois rostos.
Passada a primeira fase de paixão (desculpem, mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito.
Ou a amar melhor; ou, aí é que a gente começa a amar.
A querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça e não fique grudado na gente.
O cotidiano baixa sobre qualquer relação e qualquer vida, com a poeira do desencanto e do cansaço, do tédio. A conta a pagar, a empregada que não veio, alguém na família doente ou complicada(o), a mãe ou o pai deprimido ou simplesmente o emprego sem graça e o patrão de mau humor. E a gente explode e quer matar e morrer, quando cai aquela última gota - pode ser uma trivialíssima gota - e nos damos conta: nada mais é como era no começo. Nada foi como eu esperava. Não sei se quero continuar assim, mas também não sei o que fazer. Como a gente não desiste fácil, porque afinal somos guerreiros ou nem estaríamos mais aqui, e também porque há os compromissos, a casa, a grana e até ainda o afeto, é preciso inventar um jeito de recomeçar, reconstruir. Na verdade devia-se reconstruir todos os dias. Usar da criatividade numa relação. O problema é que, quando se fala em criatividade numa relação, a maioria pensa logo em inovações no sexo, mas transar é o resultado, não o meio.
Um amigo disse no aniversário de sua mulher uma das coisas mais belas que ouvi:
"Todos os dias de nosso casamento (de uns 40 anos), eu te escolhi de novo como minha mulher".
Mas primeiro teríamos de nos escolher a nós mesmos diariamente. Ao menos de vez em quando sentar na cama ao acordar, pensar: como anda a minha vida? Quero continuar vivendo assim? Se não quero, o que posso fazer para melhorar?
Quase sempre há coisas a melhorar, e quase sempre podem ser melhoradas. Ainda que seja algo bem simples; ainda que seja mais complicado, como realizar o velho sonho de estudar, de abrir uma loja, de fazer uma viagem, de mudar de profissão.
Nós nos permitimos muito pouco em matéria de felicidade, alegria, realização e sobretudo abertura com o outro.
Velhos casais solitários ou jovens casais solitários dentro de casarão terrivelmente tristes e terrivelmente comuns.
É difícil? É difícil.
É duro? É duro.
Cada dia, levantar e escovar os dentes já é um ato heróico, dizia Hélio Pellegrino.
Viver é um heroísmo, viver bem um amor mais ainda.

O casal perfeito talvez seja aquele que não desiste de correr atrás do sonho e da certeza de que, apesar dos pesares, a gente, a cada dia, se escolheria novamente!!!


Lya Luft
sexta-feira, 20 de maio de 2011

Menina: Nossa, como você é chato! Menino: Eu também te amo.




"Porque tive saudade dele. Porque sou esse tipo de moça. Aquela seria a parte mais difícil, dizer que eu tinha tido saudade dele."

Elissa Schappell in Use-me

“Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente.” Clarice Lispector



"Toda loucura, quando canalizada para a arte, vira sensibilidade exacerbada. Mas, queria dizer a vocês que tenho entristecido pessoas e que nunca agi como estou agindo... Não tenho sido grosseira, mas tenho precisado tanto refletir sobre o meu novo ciclo que me tornei indisponível e intolerante para a dor do outro. Estou ressecada por dentro, não tenho o que dar agora, e quem sempre teve de mim os melhores frutos, fica magoado por esta ausência. Sou tão humana quanto vocês e , às vezes, preciso de porres homéricos pra sobre-viver. Ou de silêncios intactos. Ou de muita abstinência.
A única coisa que sei é que dias ensolarados virão. Mas enquanto eu sentir dor no peito, terei muito respeito por esta dor no peito, sem apegos, só por pura consciência de que a vida é cíclica e de que senti-la é a única forma de entender a dor alheia (matéria de poesia é isto também). E que eu tenho a ajuda de que preciso. Mas preciso sentir. Então, enquanto eu não arrumar minha casa de dentro, não escreverei aqui minha tristeza, minhas angústias: estas estão em mim, mas ainda não se organizaram em palavras."

Marla de Queiroz

Aprendi que quanto mais superficialmente você costura uma relação, menos chance há de se afogar.



"Você jamais estará disposto a ser assustadoramente feliz sem estar disposto a sofrer assustadoramente."

Gabito Nunes in Eu te ligo
domingo, 15 de maio de 2011

“Não crie arrependimentos por aquilo que não foi feito. Sejamos mais reais em nossas dores.” Fabrício Carpinejar



''Sensacões, como são difíceis de serem expressas...
O coração bate tresloucadamente, as mãos suam,nervos a flor da pele e aquela incerteza latente:ligar ou não ligar? E se ele não lembrar de mim? E se simplesmente me ignorar??? O que fazer...
Coração retumbando dentro do peito, ansiedade pura, pulsação como se tivesse acabado de correr uma maratona... E então ela decide: vou ligar e seja o que Deus quiser!
Levanta de sua mesa de trabalho, atrolhada de processos complicadíssimos que destrincha com a maior facilidade e o medo se apodera dela...Não vou desistir, hoje eu vou ligar... Seus dedos tremulam ao digitar os números, código da operadora,2 números, código da área,+ 2, número do telefone,+ 08 , são doze intermináveis números que ela digita durante os quais ela simplesmente não raciocina para não desistir.
Números discados, telefone chamando, toca uma, duas, três, ela já até está querendo desligar pensando “viu, ele não atendeu, a culpa não foi minha”! Quando ouve um alô do outro lado, daquela voz tão conhecida, jamais esquecida, apesar do tempo passado, ela tira uma forca que não sabia que possuía e comeca a falar...Primeiro coisas triviais, “ como tu estás, e o trabalho, saúde?” e todo aquele papo educado que aprendemos a ter, como dizem os franceses “come il faut”... Perguntas que vão , respostas que vêm, questões respondidas e o tempo passando e ela pensando: “ eu não vou conseguir...” Mas ela é uma mulher determinada, que aprendeu a lidar melhor com suas emoções e que acha extremamente injusto esconder seus sentimentos dos outros e de si própria...
Então menciona: “isto não têm nada a ver com você , eu é que preciso te dizer isso...”respira fundo e solta o verbo, com uma coragem que vem das entranhas: “tu não sabes como eu te amei naquela época...”, ela nunca havia dito isso com todas as palavras: EU TE AMO! Apesar das atitudes indicaram, os olhos falarem,mas a boca era reprimida...Não conseguia dizer durante todos os momentos apaixonados e maravilhosas vividos, essas palavras mágicas... ela ainda era uma menina-mulher, confusa, apaixonada... e achava que não dizendo isso, deixava de entregar o que já havia sido entregue a muito tempo: sua alma, seu coração e seu corpo... Quanta bobagem... só o tempo e a experiência a deixaram ver isso... Vitória ! Ela disse! Conseguiu! Está em paz com sua consciência. Disse a quem nunca havia dito que o amava, apesar de um atraso de dez anos, mas isso é detalhe! Ela deixou de dizer, ele deixou de ouvir, será que mudaria algo??? Agora isso não interessa...Ele pareceu um pouco perturbado e diz que ficou emocionado...Retribui com o velho jargão “eu também gostei muito de ti”...
Ela não acredita que cumpriu a missão que tinha estabelecido para si mesma, então se despede: “um beijo para ti” e desliga.

Volta para sua sala, senta em sua mesa, em frente ao seu computador, como se nada tivesse acontecido! Tudo parece igual, seus colegas sérios trabalhando, os processos se avolumando e ela tenta se concentrar, seus olhos enchem de lágrimas, ela havia vencido mais uma batalha! Ela era uma mulher de verdade que não esconde o que sentiu, sente e sentirá! Cresceu e amadureceu!
Se parabeniza mentalmente e pensa: “a liberdade realmente é azul!”

Martha Medeiros

A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo para frente, alguma coisa fica para trás.



Aquela foi talvez uma das manhãs mais importantes de toda vida, de toda minha vida: Não é todo dia que se acorda ainda com a coragem dos minutos antes de dormir.  Eu estava decidida a mudar e a deixar que mudassem sem mim. Levantei da cama e antes que eu pudesse desistir, arrumei minhas coisas e saí.
Dentro da mala um pouco de dinheiro, meia dúzia de peças de roupa, algumas canetas, envelopes e duas folhas em branco. Caminhei até o centro da cidade, e em poucos minutos, enquanto o sol ainda nascia no horizonte, cheguei na praça que ficava logo em frente ao correio.
Sentei no banco e peguei as folhas em branco. Escrever sobre o ínicio no final era uma tarefa difícil.
Mas eles mereciam o meu sacrifício:


"Se quer saber, nunca cheguei a te deixar de verdade. Você de alguma forma, sempre esteve comigo. Dentro da minha mente, preso no meu coração, em cada palavra que escrevo. Por isso, quero que guarde em sua lembrança apenas nossos melhores momentos, aqueles em que o nosso amor andou de mãos dadas com minha inquieta paixão. Tente se possível esquecer do quanto me tornei insuportável. Do quanto não enxerguei a sua vontade de me ver e fazer feliz.
Demorei um certo tempo pra entender tudo isso. Eu era muito nova e inexperiente pra saber te apreciar.
Acho que agora eu finalmente aprendi. Mas é tarde.

Não quero que termine de ler essa carta e sinta o sentimento de quem perdeu pra sempre o grande amor de sua vida.
Eu não sou a mulher da sua vida. Eu sou a mulher que te fez ver a vida de uma maneira diferente."



Terminei de escrever e enfiei a folha, sem reler, em um envelope vermelho amassado.
Peguei a outra folha que me restava, e comecei a escrever novamente.


"Sempre pedi para que Deus me provasse sua existência com um anjo. Hoje sei que ele fez isso.
Você surgiu, levando todo meu juízo, me fazendo mudar de direção e a parte mais importante: fez tudo isso sem me deixar por um só instante.
Eu nunca pensei que encontraria nesse mundo tão sujo alguém tão puro como você. Eu não estou falando de sexo. Nem de qualquer outra coisa que tenha a ver com esse mundo. To falando de alma, de bondade, de amor.

Desconfiei de você enumeras vezes. Mas hoje percebo que o problema sempre esteve dentro de mim.
Eu tinha medo de perder o seu encanto. Quanto mais medo eu tinha, mais eu me afastava.

Transformar a distância de alma em distância de corpo foi umas das coisas que eu mais odiei fazer nessa vida.
Vazios que me desculpem, mas não ter o amor não dói tanto quanto ter que se desfazer dele.

Mas você merecia a verdade.
Você merecia a felicidade.

Te deixei implorando para você não me deixar te deixar.
Meu egoísmo te fez e talvez ainda te faça sofrer.
Eu não quero isso.

Espero que entenda.
Você sempre foi o únco que soube fazer isso."



Novamente, sem reler, guardei aquela folha em outro envelope vermelho amassado.
Enquanto colava os selos e procurava moedas na minha bolsa, percebi o quanto tudo aquilo parecia loucura. Desejei por alguns momentos voltar para minha época de escola, onde o meu único problema era explicar o porque o dever de casa estava em branco. Mas, não dava. As cartas estavam escritas, e o meu destino estava prestes a mudar de direção.
Do correio até a rodoviária desliguei meu corpo da minha mente. Nunca consegui me lembrar qual foi aquela trajetória de despedida. Talvez eu tenha tomado pela última vez o meu sabor de sorvete predileto ou andado descalço no meio da rua.  Vai saber.
Já no ônibus, enquanto via meu passado da janela a quilômetros de distância, percebi que nunca fui boa com escolhas. Por isso escolhi não escolher.

No final alguém sempre sai ferido. E geralmente sou eu.



"Há sempre o momento de pedir ajuda, de se abrir, de tentar sair do buraco. Mas, antes, é imprescindível passar por uma certa reclusão. Fechar-se em si, reconhecer a dor e aprender com ela. Enfrentá-la sem atuações. Deixar ela escapar pelo nariz, pelos olhos, deixar e...la vazar pelo corpo todo, sem pudores. Assim como protegemos nossa felicidade, temos também que proteger nossa infelicidade. Não há nada mais desgastante do que uma alegria forçada. Se você está infeliz, recolha-se, não suba ao palco. Disfarçar a dor é dor ainda maior."

Martha Medeiros
sábado, 14 de maio de 2011

"Lá estou eu achando que você pode ser um forte candidato a homem da minha vida. Lá estou eu acreditando que exista um homem da minha vida." Tati Bernardi



"Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.
Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem."

Verônica H.
domingo, 8 de maio de 2011

Uma Deusa, uma Louca, uma Feiticeira...


Acontece, às vezes você tem que fazer a coisa errada. Às vezes você tem que fazer um grande erro para descobrir como fazer as coisas direito. Os erros são dolorosos, mas eles são a única maneira de descobrir quem você realmente é.

Grey’s anatomy
sábado, 7 de maio de 2011

Será que eu já posso enlouquecer ou devo apenas sorrir? Pitty



Os animais se atraem pelo cheiro… não há conversas, trocas de ideias ou questões pessoais em comum, que os façam se aproximarem e a partir de então, começarem um relacionamento. É na base do instinto mesmo… da atração febril por um corpo que poderá satisfazer as suas necessidades sexuais mais selvagens.
Os humanos, embora tenham entendimento sobre a natureza dos seus semelhantes e ainda que possam ter contatos intelectuais e afinidades, por vezes sucumbem à atração desenfreada por pessoas que não lhes dizem muito nas questões que são necessárias para a construção de uma relação, mas pura e simplesmente pela vontade física, pelo tesão, pela química que está arraigada à alguém que tão somente lhe direciona um olhar.
A atração física é algo incontrolável! Não há como evitá-la ou expulsá-la… ela acontece sem saber se aquela pessoa é certa ou errada. Obviamente, depois de alcançar alguma maturidade, você já consegue filtrar ou não dar vazão, mas isso não quer dizer que ela não exista.
Pode ser por alguém que você nunca tenha visto antes, pode ser por alguém que está ali no seu círculo de convivência… um amigo, por exemplo… já falei aqui em algum texto sobre amigos que se apaixonaram e ficaram juntos, mas agora refiro-me à simples atração física… aquele apelo sexual entre corpos que você sabe que não passará daquilo, mas que está ali, tirando a sua concentração e fazendo você se questionar se essa perturbação significa o suficiente para se transformar em um sentimento mais forte, tipo…. amor?
Para fins de ilustração, conto agora a história de uma mulher inteligente, madura e perspicaz que, mesmo tendo consciência do que acontece a sua volta, não consegue dominar esse desejo quase primitivo de se jogar nos braços de um amigo…
Em um dia de carência mútua, os dois “ficaram”… não foi nada planejado, apenas aconteceu. Ficaram mais algumas vezes em intervalos cada vez maiores e apesar dela estar consciente da amizade que os aproximavam, de não ter nada em comum com ele e até tentar evitar, as “faíscas” continuavam existindo.
Foi então que ela percebeu que essa atração era muito forte e até imaginou que poderia dar certo transformá-la em algo maior. Resolveu contar para ele… essa decisão só foi possível, por conta de algumas doses extras de álcool… o álcool entra e a verdade sai! Apesar da conversa não ter sido muito confortável, viram que não passaria daquilo, afinal ele se mostrava interessado em outra pessoa e ela, por sua vez, percebeu que o amigo estava mesmo distante de ser alguém com quem ela pudesse começar um namoro sério.
A história parou por aí, hoje ela está namorando um rapaz que a faz muito feliz e que tem inúmeras coisas em comum com ela. Ela está apaixonada! Bom… os encontros mais íntimos com o amigo acabaram, mas a atração continua… e ela percebe essa “liga”, todas as vezes que ele se aproxima, sorri ou brinca com ela de uma forma mais diferenciada. Certamente, ele deve sentir a mesma coisa. Mas até então não passou disso! A única coisa que a deixa inquieta é o fato de estar feliz com o namorado, dele ser alguém especial e paralelo à isso, ela continuar se sentindo atraída por esse amigo de abraços encantadores.
Contraditório amar alguém e se sentir atraído por outro? Não! É comum e todos estamos sujeitos a passar por isso, ainda que não haja intenção. O que irá diferenciar as pessoas, serão os variados tipos de comportamentos que elas podem ter. Negligenciar uma paixão por alguém especial e vez ou outra se entregar aos desejos da carne? Abafar a atração pulsante do corpo ao encontrar esse alguém, mesmo que todos os seus instintos estejam pedindo o contrário?
Quem poderá dizer o que é certo ou errado? A opinião é constitucional e a escolha pertence a cada um. É apenas preciso estar atento, pois nessa brincadeira de seguir os instintos, alguma das feras poderá sair arranhada.

E se aquilo que te faz sorrir, também te faz chorar?



"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"

Florbela Espanca

‎"Põe a fatura na mesa do meu sossego, que é quem paga as contas do meu coração pirata." Gabito Nunes


“Você pode dirigir com 16, ir para a guerra aos 18, beber aos 21, e se aposentar aos 65. Mas, qual a idade você tem que ter antes que seu amor seja verdadeiro? Já tive aos montes pessoas que não compensam esquentando a cadeira ao lado do cinema, o banco ao lado do carro e o travesseiro extra da cama. E nem por um minuto senti meu peito aquecido. A gente até engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo.”

Remember Me
domingo, 1 de maio de 2011

"Existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para trás." C. S. Lewis



“Desistir? Eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério. É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mas estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.”

Cora Coralina

E se me disserem que eu não posso fazer, é ai que eu vou e faço pior.



"Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. Ela se incomoda com isso, às vezes, muito.Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. E ainda, graças a Deus, ela é diferente."

Clarice Lispector

A sua história não é nem melhor nem pior do que a de ninguém que tá aqui. Ela só é a sua história.



"Lá estou eu em mais uma mesa com risos pela metade. Olho pro lado e sinto uma saudade imensa, doída, desesperançada e até cínica. Saudade de alguma coisa ou de alguém, não sei. Talvez de mim, de algum amor verdadeiro que durou um segundo... Meus amigos me adoram. Mas será que eles sabem que se eu estou morrendo de rir agora, mas daqui a pouco vou morrer de chorar? E isso 24 horas. E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor. Odeio todos os amores baratos, curtos e não amores que eu inventei só para pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor. Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade. É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia é por inteiro.. enquanto dura. No final bruto, seco e silencioso é sempre isso mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida até acreditar. E aí eu deito e penso em coisas bonitinhas. E quando vou ver, já dormi."


Tati Bernardi