sábado, 28 de agosto de 2010


Ele se comportava como quem tem sede de viver. Não de todo eloquente, mas coerente em sua própria existência. E mostrava um bem querer pelas coisas que deixava qualquer ser compungido com seu falso humanismo. Mas de que adiantava, se esse moço não era feliz? Não seguia a mensagem vinda dos seus olhos, nem seguia a direção do sopro do mar. Vivia como acorde esquecido, empoeirado, até que um dia alguém colocou pra tocar. Não precisou de muito, era necessária arte inteligente. O que todo mundo pensou em fazer e só aquela teve coragem de assumir. Era o que todos dizem ser sincero nos tempos de hoje. Era necessário fazer o sol girar de outra maneira e ela, só ela, conseguiu com exímio. Bobagem pensar que isso é caso de amor. É bem mais que isso, sobra até. É ligação, sem nada dar e tudo pertencer. Sem precisar chegar perto e modificar toda uma alma. É quando dois olhares se encontram, se chocam e de início nada veem. Faísca que expande no ar, quando se separam. Iluminam o vácuo, o espaço, a distância. E então se precisam. As almas, estas já se precisam. Presume-se que a alegria está em todo amor bem sucedido. E quem ousa falar sobre infelicidade agora?

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