quinta-feira, 30 de junho de 2011

Acredite: Eu lembro até hoje da nossa 1º conversa.



Quando você vier haverá o encontro
da sua busca com a minha espera.
E o seu abraço será a moldura do meu corpo.
E a minha boca o pretexto
para o seu mais demorado beijo.
E a gente vai brincar de se desmaterializar
dentro da música, de desatar auroras.

E eu vou inventar uma madrugada eterna
pra quando você tiver que ir embora no dia seguinte.
E você vai inventar um domingo que vai durar pra
sempre porque tenho preguiça das segundas-feiras.

E a gente vai rir dessa maldade da demora do tempo
pra fazer essa brincadeira de desencontro:
Quase nos deixou descrentes...
A gente vai rir dessa maldade porque o nosso amor
será a coisa mais bonitinha do mundo..

¬ Marla de Queiroz ¬ 

"Posso ser divertido se quiser. Concentrado. Inteligente. Superticioso. Corajoso. E também um bom dançarino. Posso ser o que você quiser. Diga o que quer, e eu serei pra você."


"Eles não se entendiam, raramente concordavam em algo. Brigavam sempre. 
E se desafiavam todos os dias. 
Mas, apesar das diferenças, tinham algo importante em comum: 
eram loucos um pelo outro."



Ontem encontrei essa música com o trailer de um dos filmes
que particularmente eu acho lindo e emocionante.
"The notebook" [O diário da nossa paixão],
baseado no livro de Nicholas Sparks,
em que um homem lê todos os dias
o seu diário a uma mulher num lar de idosos.
A história que ele conta relata a vida amorosa de dois jovens,
Noah e Allie, separados pelos pais e mais tarde pela 2ª Guerra Mundial.
Ficamos a saber no final, que o idoso que todos os dias se aproxima
daquela senhora e lhe lê uma linda história de amor,
é Noah que vê agora Allie, o amor da sua vida com a terrível
doença de Alzheimer (uma doença bastante cruel, na medida
em que nos rouba o que de mais bonito existe no ser humano),
e todos os dias lhe lê a historia de amor deles
na esperança de a ajudar nem que seja por uns breves instantes
a recordar também ela essa história de amor.

Escandalosamente Feliz...


"Um dia a gente cria juízo..."



De vez em quando a gente tem que reconhecer que o mundo fica chato.
Que as coisas ficam sem graça.Que fica tudo um saco mesmo.
Porque a gente cresce o tempo inteiro com essa história
de que os melhores estão sempre alegres e não se abalam
com as adversidades da vida. Resignam-se, suportam tudo.
Que as pessoas admiráveis não choram e não sofrem de melancolia.
“Você é forte!” eles dizem. “Mas olha, como ela é guerreira!”.
Todos querem ser de rocha, mas até os guerreiros surtam um dia.
E que se foda. Que a gente se permita surtar, para então não enlouquecer.


Pitty
sábado, 25 de junho de 2011

"...Ao fundo do fim, De volta ao começo!" Roupa Nova




Ela tem o texto pronto!
Sabe que vai dizer “não” e que é o melhor a fazer.
Imagina todos os argumentos que ele possa levantar e prepara a defesa. Fecha os olhos e se concentra. 
Vai falar tudo de uma vez, sem respirar… para não correr o risco de esquecer nada ou mudar de ideia.
Sabe que essa é uma situação que não pode ser prolongada… já houve tempo demais para ser resolvida.
Ela respira de novo… o ar parece que pediu licença e foi embora. 
Sente um aperto estranho no peito já prevendo a dor que vai invadi-la depois dessa conversa.
Anda de um lado para o outro à espera dele.
Olha pela janela com um misto de vontade que ele chegue logo ou que ligue dizendo que não vem.
Sente sede, sente angústia, sente frio e depois amor… é físico e emocional… tenta controlar um maremoto interno.
Relembra tudo que foi vivido até ali, pensa o quanto tudo poderia ser diferente e sente que fez tudo o que podia… mas ele não fez!
Procura desesperadamente todo o orgulho que ainda lhe resta, busca na memória as situações que lhe fizeram sofrer… precisa estar munida de muita raiva quando ele abrir a porta.
Se olha no espelho para saber se parece bem e segura… aparentemente sim, mas por dentro está em pedaços. 
Olha mais uma vez para ver se está bonita… reprime o pensamento, afinal não há mais sentido em estar bonita para ele.
Chora… respira… enxuga as lágrimas e tenta espantar essa fraqueza momentânea.
Pega o celular… precisa ver se há alguma ligação ou mensagem dele dizendo que houve um imprevisto e que não poderá ir vê-la… mas não há nada no display.
Entra em desespero… não venha, não venha! 
E como se ela própria pudesse se dar uma bofetada, acorda desse transe e reza para que ele venha!


Barulho na porta… ele chegou!
Como se o universo fosse um grande inimigo conspirador, ela tem a impressão de que ele nunca esteve tão lindo e tão atraente.
Espanta essa sensação física, respira e espera que ele se aproxime mais…
Ele vem caminhando em sua direção com um olhar que diz tudo, menos que não a ama.
E então ela começa a falar… despeja tudo para fora… sem titubear ou parecer insegura. 
Talvez forças ocultas estejam no seu corpo naquele momento.


Fala, fala, fala… diz tudo o que pensa.
Mas ele parece não escutar nada… tem um olhar vidrado nela, como se estivesse esperando aquela enxurrada de palavras acabarem para dizer o que quer.
Ela o observa e não consegue entender qual será a sua resposta ou o que pretende.
Ele então chega bem mais perto… leva as mãos até o rosto dela e de forma suave, retira a mecha de cabelo que estava em seus olhos.
Ela tenta recuar e ele não deixa…
Pergunta se ele não vai dizer nada sobre tudo aquilo que ela pensa e ele diz:


“Não pense!” – e a beija.
E como se fosse uma ordem suprema, os pensamentos dela perdem toda a força e ela não consegue mais fugir.
Talvez ela volte a pensar… mas não antes de terminar esse beijo.


E então, será mais um começo de mais uma etapa.

Ficava no ar aquela coisa assim “Um dia, se houver oportunidade, ainda seremos bons amigos”. Caio F. Abreu.



Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora.


Tati Bernardi
quinta-feira, 23 de junho de 2011

Acorda! Você não tem que perder pra dar valor. Você tem é que dar valor pra não perder.




- Cara, vi ela esses dias.
- Ela quem?
- Tua ex. Jantamos juntos eu e minha namorada, ela e o namorado dela. Aconteceria em questão de tempo, sabe como é.
- Sim, não tem grilo. Mas, me diz. Como ela tá?
- Tá bem, cara.
- Perguntou por mim? Que pergunta, óbvio que não. Mas me conta desse namorado dela. Como ele é?
- Ah, sei lá. Bacana.
- Bacana? Bacana tipo malandro ou bacana tipo engomadinho. Pô, começou o assunto agora termina! “Bacana” como, caralho?
- Ah, cara, não sei. Tipo legalzinho, meio coxinha. Sabe, de camisa pólo bonitinha, simpático, lustrado, inteligente. É analista de sistemas, tá encaminhado na vida, ganha bem, queria o quê?
- É engraçado? Faz umas piadas bem sacadas quando a mesa fica em silêncio? Ou sai com um papo interessante?
- Não. Só fala em algoritmos, sistemas híbridos, testabilidade, métodos ágeis, essas coisas. Foi tudo que entendi.
- E como são os dois juntos? Ela fica pendurada no pescoço dele, dando beijo toda hora e tentando espremer os cravos do nariz dele?
- Ele não tem cravos no nariz.
- E eles ficam implicando um com o outro toda hora, assim criando intriguinhas, ciuminhos e briguinhas só pra dar mais beijo?
- Não.
- Quando se olhavam. Parecia que um era a sobremesa do outro?
- Sei lá, meu. Nem se olhavam muito.
- E ele fica mimando o pezinho dela?
- Estávamos no meio do restaurante!
- Eu mimava o pezinho dela no meio do restaurante, embaixo da toalha. Lembra?
- É verdade. Aliás, nojento aquilo. Vocês pareciam dois animais no cio, sempre se arretando. Por que foi me lembrar?
- Ele fica insistindo pra ela comer as cenouras que ela separa no prato, dizendo que faz bem aos olhos?
- Não comemos cenoura. Mas ela separou tomate seco e ele não disse nada.
- Ela chama ele como?
- De “amor”.
- Tá, mas tipo “ô môôôôôrrr?” ou só “amor!”.
- Hum. Não, não. Mais seco. Tipo “ámôr”. Bem rápido, sem muita melação.
- Será que ela chora de saudade sempre que ele vai embora também?
- Que pergunta! Como vou saber isso? Acho que não, sei lá.
- Será que de vez em quando ela lembrava de mim olhando pra ti?
- Decerto.
- E tu acha que depois da janta eles foram até a colina de fusca pra ver as estrelas e dar uns amassos ouvindo o disco do Barry White?
- Claro que não! Ele tem um Wolkswagen bem moderno. E ele não tem cacife pra fazer ela andar de fusca azul, cara. Ninguém é como tu que leva mulher pra ver a lua ouvindo essas musiquinhas bregas.
- Pô, cara. Valeu. É, eu já sabia. Mas o importante é que mesmo assim ela tá feliz, né?
- É. Tá.
- Então tá bom.


Gabito Nunes

“Adoro essa sua cara de sono. E o timbre da sua voz. Que fica me dizendo coisas tão malucas…” Pitty


"Quando nasce um amor novo, é difícil resistir à tentação de alimentá-lo só com a presença. Mas é preciso deixar o amor respirar. Se você colocar uma flor bem bonita dentro de uma redoma, com medo que o vento e o tempo levem sua beleza, manterá por muito pouco tempo o que dela é bonito.
O que eu aprendi sobre o amor, filho, é que ele é feito de faltas e presenças. E que nenhuma das duas pode faltar. Aprendi que o amor é feito de liberdade. É como ter, todos os dias, muitas outras opções. E ainda assim fazer a mesma livre escolha. Dessas pequenas vitórias se faz a alegria de amar e ser amado. Descobrir no olhar do outro que você foi escolhido de novo. E de novo, mais uma vez. 
Também aprendi que o amor interrompido em seu auge permanece bonito para sempre. O que pode ser muito doído ou pode ser um presente. Depende de como a gente quer guardar. Depende de como a gente quer seguir. O amor é feito de falta, filho. Mas aí mora um perigo: adorar mais a falta que o próprio amor. 
Posso cometer esse erro diante de quem amo ou diante da própria falta. E aí quem passa a faltar sou eu mesma. O amor é feito de falta, mas não sobrevive sem a presença. O amor é feito de hoje. (...)Você é feito do amor de ontem, cresce amor de hoje e vai ser amor de amanhã. (...) O que aprendi sobre o amor é que ele deve estar sempre distraído. Mas quando falta o objeto do amor é o contrário: melhor não se distrair nunca. O que aprendi sobre o amor - e isso aprendi sobre o amor a mim mesma - é que ele exige de mim, todos os dias, um esforço. 
Um exercício diário do qual não posso abrir mão. É como estar num mar profundo, sem barco ou bóia. Não posso simplesmente boiar. Posso relaxar um pouco, mas logo retomo o nado. Não posso boiar, não posso, não posso. A onda pode me levar."

Cristiana Guerra
terça-feira, 21 de junho de 2011

Olhe bem no fundo dos meus olhos e voce verá a emoção que nascerá quando voce me olhar.



É como se pela primeira vez, aquela bendita frase “nasceram um para o outro” fizesse algum sentido. 
Somos assim… Estamos ligados por algo mais forte que palavras ou gestos. São defeitos que se combinam, qualidades que ficam melhores juntas e manias distintas que se compensam. 
Somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais! 
Tudo bem se temos a mesma preferência por suco de laranja, se gostamos de chocolate amargo ou se adoramos camiseta básica branca… 
mas daí a desejarmos estar no mesmo lugar, daqui há alguns anos, já é sintonia! 
Não acredito em atração de opostos, dispostos ou superpostos… acredito é no olhar que prende, na química que atrai, no toque paralisante, no beijo que queima e no efeito tsunami que nos envolve na cama. 
Pensar um no outro é normal, mas pegar o telefone ao mesmo tempo para confessar isso… é mérito nosso. 
Se saber de cor e não ser nada previsível, é o nosso melhor diferencial. 
Não somos o clichê das almas gêmeas ou complementares… somos mais que simples combinações. Somos mistura, envolvimento… por vezes dissolvemos e em outras… renascemos. 
Somos fortes sem perder a fragilidade que nos torna dependentes um do outro. Somos contraditórios pois queremos a independência que nos deixe respirar. Rimos e choramos com a mesma doçura. 
Sabemos como lidar com a paixão e como aproveitá-la de todas as formas. Não temos dúvida… temos pressa! 
Pressa em ser feliz e calma em aproveitar a felicidade. 
Somos Alpha e ômega, yin e yang, direito e avesso, bons e profanos… 
Somos híbridos e únicos. 
Somos tanto, tudo… 
E tão somente… 
conectados pelo mais simples, 
complexo e completo dos sentimentos que é o amor!


segunda-feira, 20 de junho de 2011

A nossa caixa de lápis de cor:



"Tenho uma amiga que quando percebe que eu estou triste costuma me perguntar quem roubou a minha caixa de lápis de cor. Tem vez que nem pergunta, apenas comenta: "poxa, dessa vez levaram as cores que você mais gosta!" A tristeza afrouxa um pouco, por mais que eu esteja chateada. Primeiro, porque é muito bom a gente se sentir olhado com carinho. Depois, porque essa expressão tem uma inocência capaz de fazer gente grande tocar em coisas sérias sem ficar com medo de queimar a mão.

De vez em quando, ao ouvir a pergunta, acontece de uma lágrima ou outra escapulir, afeitos que alguns sentimento são a desaguar no rosto quando o coração fica apertado. Mas, algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou. Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las. Por notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu."

Ana Jácomo

Os dias podem continuar passando e eu ainda vou sorrir ao lembrar de alguma coisa que você me falou um dia.


"O que é que faz a gente se apaixonar por alguém? Mistério misterioso. Não é só porque ele é esportista, não é só porque ela é linda, pois há esportistas sem cérebro e lindas idem, e você, que tem um, não vai querer saber de descerebrados. Mas também não basta ser inteligente, por mais que a inteligência esteja bem cotada no mercado. Tem que ser inteligente e... algo mais. O que é este algo mais? Mistério decifrado: é o jeito.

A gente se apaixona pelo jeito da pessoa. Não é porque ele cita Camões, não é porque ela tem olhos azuis: é o jeito dele de dizer versos em voz alta como se ele mesmo os tivesse escrito pra nós; é o jeito dela de piscar demorado seus lindos olhos azuis, como se estivesse em câmera lenta.

O jeito de caminhar. O jeito de usar a camisa pra fora das calças. O jeito de passar a mão no cabelo. O jeito de suspirar no final das frases. O jeito de beijar. O jeito de sorrir. Vá tentar explicar isso.

Pelo meu primeiro namorado, me apaixonei porque ele tinha um jeito de estar nas festas parecendo que não estava, era como se só eu o estivesse enxergando. O segundo namorado me fisgou porque tinha um jeito de morder palitos de fósforo que me deixava louca ok, pode rir. Ele era um cara sofisticado, e por isso mesmo eu vibrava quando baixava nele um caminhoneiro. O terceiro namorado tinha um jeito de olhar que parecia que despia a gente: não as roupas da gente, mas a alma da gente. Logo vi que eu jamais conseguiria esconder algum segredo dele, era como se ele me conhecesse antes mesmo de eu nascer. Por precaução, resolvi casar com o sujeito e mantê-lo por perto.

E teve aqueles que não viraram namorados também por causa do jeito: do jeito vulgar de falar, do jeito de rir sempre alto demais e por coisas totalmente sem graça, do jeito rude de tratar os garçons, do jeito mauricinho de se vestir: nunca um desleixo, sempre engomado e perfumado, até na beira da praia. Nenhum defeito nisso. Pode até ser que eu tenha perdido os caras mais sensacionais do universo.

Mas o cara mais sensacional do universo e a mulher mais fantástica do planeta nunca irão conquistar você, a não ser que tenham um jeito de ser que você não consiga explicar. Porque esses jeitos que nos encantam não se explicam mesmo."

Martha Medeiros
domingo, 12 de junho de 2011

"As coisas mudam, mas isso não significa que elas melhorem." - House



Neste mundo encantado das relações entre homens e mulheres, existem algumas situações que muitas vezes gostaríamos de amenizar ou sequer ter passado por elas. Não me refiro aos micos  nossos de cada dia… mas sim àqueles momentos tensos… aqueles segundos que gostaríamos de uma dose de whisky sem gelo ou até mesmo algo mais forte, tipo… a morte, para tentar passar por eles.
Veja o que estou tentando explicar…
Você traiu… na manhã seguinte vai encontrar com a pessoa que está com você e mesmo sabendo que ela dormiu em um calabouço trancado com dezenove cadeados, sem luz, sem telefone, sem internet, sem água, sem comida… você tem cólicas fortíssimas, até essa pessoa te dar um “bom dia”, com um sorriso bem feliz no rosto e então você ter certeza que ela não sabe de nada… ainda! A sensação de alívio é um pouco melhor do que estar se afogando e encontrar uma bóia.
Você ligou para ela… todo doce e romântico… disse que ficaria em casa, afinal o dia foi muito cansativo e se despede como se aquela conversa fosse a deixa para ela não ligar mais naquela noite… e então você vai para a farra com os amigos… mas ela tem uma saudade súbita e liga para o seu celular…1, 2, 3… 8… 19 vezes e você não atende. Não vai adiantar dizer que dormiu e não ouviu, pois ela sabe que você tem o sono leve e só dorme com o celular do lado… você pode até pensar em uma mentira que convenceria até a máquina da verdade dos programas de TV, mas até chegar essa hora de contar para ela… nem um coquetel de rivotril, lexotan e maracujina, fariam as suas mãos pararem de suar.
Vocês terminaram… ele ao que parece já está muito bem resolvido, mas você além de estar sofrendo como uma condenada, sente uma saudade insuportável, incontrolável e inexplicável em pleno sábado a noite… imbuída pela falta de bom senso ou coisa parecida, você pega o celular e digita um torpedo que revela não só o seu estado fragilizado, mas que também o convida para uma saída naquela noite… Ah, minha amiga! Entre o momento que você aperta o send e que antecede a resposta dele, você conhece todos os níveis que compõem a palavra DESESPERO….
Ele ficou de ligar, mas nós sabemos muito bem que isso nunca foi garantia de nada… mas é sábado e você está animadíssima e muito confiante que essa ligação vai rolar. Então aposta todas as suas fichas, ou melhor, todo o seu cartão de crédito indo ao salão se produzir inteira… muda o corte, a cor dos cabelos, faz as unhas, depilação, descoloração… a chaparia toda! A tarde vai passando, você não pára de checar o celular e nenhuma ligação… o bichinho ta tão quieto que você liga para a sua melhor amiga e pede para ela te ligar de volta só para saber se está tudo certo com o aparelho… sim, está! A tarde se foi e ele não ligou, a noite está passando e nenhum sinal do bofe… a sensação desse momento de espera, não é de Deus!!! Ignorando todo o seu instinto primitivo de enfiar o cabelo embaixo do chuveiro para liberar sua raiva, felizmente você é convencida pela vaidade feminina que o visual ta bacana demais para terminar a noite sozinha… e então, mesmo lembrando do safado, cachorro, mulherengo, insensível, idiota… que à propósito, não te prometeu nada… você resolve se jogar na balada! 
Alguém pode contestar e dizer que não se abala com esse tipo de coisa… que não tem nenhum problema com a reação da pessoa traída ou que não se frustra com expectativas não correspondidas … Parabéns!
Para todos os outros que já viveram situações parecidas e sabem o significados dessas sensações, bem vindos ao clube! E se quiser contribuir com mais alguma história… fique à vontade!

"Poderia ter sido diferente se eu tivesse dito alguma coisa naquela hora. Mas, não disse." O Caçador de Pipas.



"Ele nunca soube se eu voltaria: chegava sempre alvoroçada, com pressa pra consumar o amor. Quando me demorava no abraço, ele fazia eternidades daquele instante. Envolvia-me com zelo temendo qualquer movimento que o afastasse, qualquer menção de buscar a roupa espalhada. Ele o fazia cheio de delicadeza, não havia como me prender por mais que algumas horas. Buscava um brilho do meu olhar em sua direção, uma entrelinha num sorriso breve, uma malícia qualquer na piscada de olho antes da ida para o banho. Esperava meu convite, mas eu o tinha com tanta abundância que achava que não o queria. Era como se nunca fosse se ausentar porque se doava inteiro e sem pressa. Um dia ele chegou antes da hora do meu desejo cru. E ficou contemplando a minha ausência. Não me abraçou como sempre, esperou que eu me aproximasse. Disponível que estava, mas seguro da sua parte feita, esperou que eu me assustasse, que entendesse que eu poderia não voltar se eu não quisesse, que ele saberia conjugar a minha ida no pra sempre. Com alguma dor, naturalmente. Mas estava sereno, quase se despedindo, conformado. e eu me sobressaltei. Porque nunca tinha imaginado que ele pudesse ir embora. Nunca tinha imaginado a ausência do toque dele, a falta do beijo, a serenidade que cabia no desejo. Eu esperava alguma coisa mais aflita, uma paixão que gritasse pra eu ficar, um desespero, os argumentos. Mas não, ele me contemplou sem falas, sem pedidos, deixou que todo aquele tempo fosse preenchido por grossas gotas de silêncio e calma. Naquela hora, naquele meu sorriso sem jeito, naquele olhar cheio de frases, um brilho, um brilho tão forte abraçou todo ele com as minhas retinas. E eu o vi como nunca tinha visto antes. Eu o quis como se nunca o tivesse tido entre as minhas pernas. E abandonei o meu corpo no abraço dele, eternizada... Ele, que sempre esteve ali, era como se tivesse chegado só naquele instante."


Marla de Queiroz
sábado, 11 de junho de 2011

♥ Eduardo e Mônica ♥



" (...) E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?"



Renato Russo
quinta-feira, 9 de junho de 2011

Remember-me? I once meant everything to you.



Desde que terminamos, era a primeira vez que me sentia forte e preparada para reencontrá-lo. Sabia que você estaria naquela festa… talvez acompanhado ou só, mas estaria. Eu me sentia pronta para o embate, não iria desertar como fiz em tantas outras vezes… desistia de ir aos lugares, por medo de te encontrar e descobrir que ainda havia sentimento.
Dessa vez,não! Nada me afastaria da possibilidade de estar frente a frente com você. Mas não poderia ser de qualquer jeito, tinha que ser em grande estilo.
Cuidei de todos os detalhes… cabelos, mãos, pés, corpo hidratado, maquiagem perfeita e um vestido que tiraria o fôlego de qualquer homem… eu estava linda! A segurança e tranqüilidade que sentia me dava muito mais beleza e quando me olhei no espelho, tive certeza que você seria atingido.
Eu estava certa! Quando entrei na festa, percebi você de imediato… estava sozinho! Os nossos olhares se cruzaram e uma satisfação física percorreu o meu corpo quando notei no seu olhar, aquele mesmo desejo que tantas vezes vi de perto quando ainda estávamos juntos.
Acenei, de longe, e continuei caminhando. Notei que em vários momentos você tentou se aproximar de mim, mas eu estava sempre conversando com outras pessoas ou dançando… ou sorrindo… ou vivendo!
Em meio a todos os convites para dançar, aos homens  que insistiam em me ver de novo, às atenções todas voltadas para mim, era em você que estava o meu pensamento… nada daquilo me envaidecia, mas me causava uma alegria incontrolável ver que você estava incomodado com o meu brilho.
Quando eu já havia cumprido a minha missão… que era fazer você perceber o que perdeu, decidi que era hora de ir embora… mas não iria sozinha, escolheria algum dos rapazes que tanto me paqueraram para ir embora comigo.
E então ao me aproximar da saída, mesmo acompanhada, senti que você se aproximou e segurou o meu braço, pedindo que eu ficasse mais um pouco, pois queria falar comigo. Depois de ter passado um filme na minha cabeça de tudo o que sofri por você e de quantas vezes sonhei te ouvir me pedindo que ficasse, respondi apenas:
- Preciso ir… já é tarde! Muito tarde!
E assim te deixei ali… plantado na porta da festa, acompanhando com o olhar os meus passos até chegar no carro e ir embora na companhia de outro homem. Sim, a sensação era muito boa, era algo que esperei muito que um dia acontecesse.
Mas a vitória dessa batalha não era minha. O vencedor foi você! Mesmo tendo dançado e me divertido com outras pessoas, mesmo indo embora acompanhada de um homem lindo e interessante, mesmo não tendo ficado quando você me chamou…
Era nos seus braços que eu queria ter terminado aquela noite!

Um fato sobre mim: Eu não digo, eu quero que as pessoas percebam.



(...) "Eu sou três, dependendo da pessoa que me procura. A menina ingênua, que fica olhando o homem com admiração, e finge estar impressionada por suas histórias de poder e de glória. A mulher fatal, que logo ataca aqueles que se sentem mais inseguros, e ao agir assim, tomando o controle da situação, os deixa mais à vontade, porque eles não precisam se preocupar com mais nada. E, finalmente, a mãe compreensiva, que cuida dos que estão precisando de conselhos e escuta, com um ar de quem compreende tudo, histórias que estão entrando por um ouvido e saindo pelo outro. Qual das três você quer conhecer? (...) Embora na minha alma, eu seja uma filha que precisa de carinho." (...)

Paulo Coelho, em Onze minutos

Macho mesmo é o meu travesseiro que me vê chorar e reclamar todas as noites e mesmo assim dorme comigo.


Você já me ouviu te chamando? Porque toda noite eu estou falando com a lua, ainda tentando chegar até você na esperança de que você esteja no outro lado falando comigo também. 


Talking To The Moon - Bruno Mars.