quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

“Sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz”





"Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei
 linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à
 vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável,
 mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo
exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja
 fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima,
nunca ninguém tinha me perturbado tanto."


Caio F. Abreu
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A imutabilidade da vida


Tudo que se ganha nessa vida é pra perder
Tem que acontecer, tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim



Zeca Baleiro

Esperto é o cavalo marinho, que finge ser peixe pra não puxar carroça!



Essa vida tá uma belezura viu? Essa vida pode ser boa que é uma coisa. Tive um tempo que chorava muito, não me conformava e até reclamava com Deus. Culpa desse coração burrinho e da porra do romance que não me deixa em paz. Hoje em dia, está ótimo. Não choro, não reclamo e nem apaixono. Agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Uma preda no lugar do coração. Uma rocha, estou quase um macho bruto.

Tati Bernardi

Cazuza ♥

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011



Muito elogio é como botar água demais na flor. Ela apodrece. 

Clarice Lispector
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

“Amar é dar aquilo que não se tem a quem não pode receber” Jacques Lacan



“Acredito que a natureza humana é essencialmente amorosa e que quando não demonstramos isso é porque há nuvens muito espessas escondendo o nosso sol. Nuvens de medo, dor, raiva, confusão.
Mas o sol está lá, preservado, o tempo todo. Em algumas pessoas, mais do que em outras, parece que as nuvens demoram muito tempo a se dissipar, é verdade. Às vezes, podem até não dissipar durante uma vida inteira, é verdade também. Mas, à medida em que começamos a abrir o nosso coração, é inevitável não sentir que ser amáveis e cuidadosos uns com os outros não é um favor, uma concessão.
Inevitável não sentir que o gostinho bom de dar amor é tão saboroso quanto o de recebê-lo.”


Ana Jácomo

 
*Música: Linda Rosa_ Maria Gadu*

"É tempo de me fazer, eu sei."


"Bom, feliz talvez ainda não. Mas tenho assim... aquela coisa... como era mesmo o nome?
Aquela coisa antiga, que fazia a gente esperar que tudo desse certo, sabe qual?
- Esperança? Não me diga que você está com esperança!
- Estou, estou."

 Caio F. Abreu
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Maktub



"Eram bonitos juntos, diziam as moças. Um doce de olhar. Sem terem exatamente consciência disso,
quando juntos os dois aprumavam ainda mais o porte e, por assim dizer, quase cintilavam,
o bonito de dentro de um estimulando o bonito de fora do outro, e vice-versa.
Como se houvesse entre aqueles dois, uma estranha e secreta harmonia."


Caio fernando Abreu

Saudades é provocante, saudade é judiação



Da ultima vez que recebi uma visita estranha, era o senhor Passado batendo em minha porta para me arrancar algumas lágrimas. Mas hoje não, foi uma visita mais inesperada ainda. Ela chegou e me pegou de surpresa, eu não estava esperando por ela. Estava tranquilamente olhando algumas fotos antigas, de pessoas que não fazem mais parte da minha vida, quando ela me abraçou, tapou a minha boca para que eu não gritasse e começou a tagarelar. Disse que chamava-se Saudade, e que sabia que eu sempre a guardava em meu peito, só para mim, sem mostrá-la a ninguém, mas hoje ela precisou aparecer. Ela começou a me arrancar lágrimas seguidas de lágrimas, por dizer palavras tão sinceras e ao mesmo tempo tão intimas, palavras que só eu tinha acesso. Começou dizendo: “Eu sou aquilo que te dói quando você vê que de nada adianta chorar, as coisas não vão mudar. Eu sou aquilo que te faz sentir-se culpada por essas pessoas das fotografias não estarem mais ao seu lado. Eu sou aquilo, que faz com que sua cabeça doa, de tanto pensar nessas pessoas. Mas calma, eu não sou ruim, eu sou a Saudade, e eu sirvo para algumas coisas boas também”. Fiquei indiguinada com o que eu tinha acabado de ouvir, e a indaguei: “É mesmo, então para que serve?”. E ela com um semblante aparentemente feliz, me respondeu: “Sirvo para te mostrar que um dia você pode perder tudo que tem, e aí eu baterei a sua porta novamente. Sirvo para fazer com que você sinta dores, e consequentemente, dê valor as pessoas que estão à sua volta, com medo de que eu volte a te atormentar”. Ela disse isso e partiu, sem deixar rastros e nem se despediu, olhei em volta e não a encontrei, mas eu sabia que ela continuava presente em meu coração.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Deve haver, perdida por aí, uma regra absolutamente sem exceção.” Millôr Fernandes



“Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém.
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também
pensa em mim quando fecha os olhos, e que faço falta quando
não estou por perto.”


Mário Quintana

"Este amor meu é como um rio; um rio Noturno, interminável e tardio A deslizar macio pelo ermo..." Vinícius de Morais


— É possível um rio secar completamente?
— Claro que é.
— Mas será que ele não enche depois? Nunca mais?
— Alguns sim, outros não.
— Mas nunca mais?
— Sei lá, acho que não.
— Você tem certeza?
— Certeza eu não tenho. Só estou dizendo que acho. Afinal não sou nenhuma especialista em matéria de rios, secos ou não.
— Sabe?
— O quê?
— Eu tinha esperança que o rio voltasse a encher um dia.


Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Às vezes é preciso recolher-se.



"O coração não quer obedecer, mas alguma vez, aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido (...) Não queremos escutar essa lição de vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador."


 Lya Luft

"Deixa estar que o que for pra ser vigora.." Maria Gadu


"Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransito:
Teadoro, Teodora."

 Manuel Bandeira
domingo, 6 de fevereiro de 2011

"De repente as coisas não precisam mais fazer sentido."




É hora de fazer tudo o que sempre quis. E é maravilhoso ver que tudo o que sempre quis é simples, belo, acessível, fácil, do bem."


 Caio Fernando Abreu

Chá de sumiço é bom para o coração




“Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. 
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. 
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.”

Martha Medeiros
sábado, 5 de fevereiro de 2011

"Só você prá dar a minha vida direção, o tom, a cor..."

#TatooDay
"Que bom seria se eu pudesse te abraçar, beijar, sentir como a primeira vez. Te dar o carinho que você merece ter, e eu sei te amar como ninguém mais..."


Guilherme Arantes

"Uma mistura de sentimentos dentro de mim neste momento, mas vou deixar se sobressair apenas os bons, apenas os que trazem a felicidade." CFA


#TatooDay
"Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém (...)
Acho-me relativamente feliz,
Porque nada de exterior me acontece
Mas, em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto."


- Mario Quintana
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

''Vou sair para ver o mar e me perder entre os labirintos (...) Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos..." CFA




"Comprovei que, quase tudo o que já foi
escrito sobre o amor... é verdadeiro.
Shakespeare disse: as viagens terminam
com o encontro dos apaixonados.
Que idéia mais extraordinária!
Pessoalmente, nunca experimentei nada,
ou algo parecido.
Mas estou convencida de que Shakespeare, tenha.


Suponho que penso no amor mais do que deveria.
Admira-me constantemente seu poder
esmagador de alterar e definir nossas vidas.
Também foi Shakespeare quem disse que o amor é cego.
Pois bem, estou segura de que isso é verdade.


Para algumas pessoas, de forma
Inexplicável o amor se apaga.
Para outras, o amor singelamente se vai.
Mas é claro, o amor também pode existir,
mesmo que só por uma noite.
No entanto, existe outra classe de amor mais cruel.
Aquele que, praticamente mata suas vítimas.
Chama-se "amor não correspondido"
e nesse tipo... sou experiente.


A maioria das histórias de amor
falam de pessoas que se apaixonam entre si.
Mas o que acontece com os demais?
E as nossas histórias?
Aquelas que nos apaixonamos?
Somos vítimas de uma aventura unilateral.
Somos os amaldiçoados dos seres queridos.
Os seres não queridos.
Os feridos que se valem por si mesmos.
Os incapacitados sem estacionamento reservado
(...)


Sim, vocês verão uma destas pessoas."

- Trecho do filme "O Amor não tira Férias"


Pra mim o amor nunca se acaba, apenas esfria, 
se esconde num cantinho bem profundo do coração, 
para não mais machucar, 
aqueles que não foram contemplados
  em ter o ''seu amor" do seu lado.

A Mulher Boazinha


Qual o elogio que uma mulher adora receber?


Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais. Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara. Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa. Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios. Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha. Descreva aí uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha. Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas. Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa mortal. Pitchulinha é coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude.Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.

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As “inhas” não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.

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Martha Medeiros
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

FELIZmente mais doida.





"A prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: Eu me permito mais liberdade e mais experiências. E aceito o acaso. Anseio pelo que ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou FELIZmente mais doida."

Clarice Lispector

Se foi um erro, eu quero errar sempre assim...




Outra história com um outro rosto
Um outro beijo com o mesmo gosto
Era cedo e não podia dar certo
Lá vem um outro dia frio e encoberto
Agora veja o meu estado
Olhando o futuro e prevendo o passado
Como alguém que não sabe o que quer
Mentindo pra todos enquanto puder...
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

“O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão”




O fato é que eu havia me viciado em Dave (em minha defesa, posso dizer que ele havia possibilitado isso, já que era uma espécie de homem fatal) e, agora que sua atenção estava desaparecendo, sofria as consequências facilmente previsíveis. O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção  intensa com obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abistinência (sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, porque ele antes lhe dava de graça). O estágio seguinte é você esquelética e tremendo em um canto, sabendo apenas que venderia sua alma ou roubaria seus vizinhos só para ter aquela coisa mais uma vez que fosse.”

Elizabeth Gilbert - comer, rezar, amar

Viva la Vida





Não coma a vida com garfo e faca.
Lambuze-se!
Muita gente guarda a vida para o futuro.
Mesmo que a vida esteja na geladeira,
se você não a viver, ela se deteriorará.
É por isso que tantas pessoas
se sentem emboloradas na meia-idade.
Elas guardam a vida,
não se entregam ao amor,
ao trabalho,
não ousam,
não vão em frente.
Não deixe sua vida ficar muito séria,
saboreie tudo o que conseguir:
as derrotas
e as vitórias,
a força do amanhecer
e a poesia do anoitecer.
Com o tempo,
você vai percebendo que para ser feliz
você precisa aprender a gostar de si,
a cuidar de si e,
principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
Mário Quintana
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Vida louca, vida breve.. já que eu não posso te levar, quero que você me leve." Cazuza



" O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Está é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."
Anais Nïn

Nada é pra sempre!?!


“Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira,
mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer
 e me fazer crer que é para sempre quando eu
digo convicto que “nada é para sempre”.”


Gabriel Garcia Marquez



Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim - e eu não tenho a menor idéia do que você pensa a respeito, a gente não conversa sobre isso, só fica fazendo uma linha nada-tem-muita-importância, ou algo assim.” 

- Caio Fernando Abreu

Viver pra contar.




Fez rastros no chão, indo e vindo numa busca por qualquer saída. Ela gosta de fazer rastros. Mas sambando. Daquele jeito engraçado que a música a puxa pra dentro da roda. O corpo rodopia enquanto a alma arrepia. Risada solta, larga. Larga a vida dela em forma de mar. Azul do céu vem pra ficar. É Netuno quem traz a alegria branca nas mãos. Um São Jorge sempre a vigiar. Uma lua que não a deixa. Um céu que a abraça dia e noite. Coroando sua cabeça com brilho. É solar-luar-estelar. Enterra contrabandos à sete palmos da terra. Leva um girassol pro mundo e preserva uma lucidez extraviada pelo tempo. Gosta do que sorri e olha pro céu quando conta coisas que não quer saber. Chama de vida tudo o que não se limita. A chuva cai sempre diferente todo dia. Ipê florido é lindo e dura tão pouco esse espetáculo. A música bonita toca no rádio, depois de três minutos acaba e tudo volta a ser.
É que ás vezes ela pensa que carrega o mundo sozinha. É pesado e sangra. Ainda assim voa atrás do feio fazendo samba pra deixá-lo bonito. Isso tudo ela aprendeu no defeito. Só ela escuta uma música que a faz rodopiar de um jeito que. É o coração que pede. E coração engana, mas no fundo, bem lá no fundo gosta das coisas que são bonitas, sem sujeiras. Igual ela. Isso é o que ela chama de vida. Vida é o não saber.

Vanessa Leonardi