sábado, 7 de maio de 2011

Será que eu já posso enlouquecer ou devo apenas sorrir? Pitty



Os animais se atraem pelo cheiro… não há conversas, trocas de ideias ou questões pessoais em comum, que os façam se aproximarem e a partir de então, começarem um relacionamento. É na base do instinto mesmo… da atração febril por um corpo que poderá satisfazer as suas necessidades sexuais mais selvagens.
Os humanos, embora tenham entendimento sobre a natureza dos seus semelhantes e ainda que possam ter contatos intelectuais e afinidades, por vezes sucumbem à atração desenfreada por pessoas que não lhes dizem muito nas questões que são necessárias para a construção de uma relação, mas pura e simplesmente pela vontade física, pelo tesão, pela química que está arraigada à alguém que tão somente lhe direciona um olhar.
A atração física é algo incontrolável! Não há como evitá-la ou expulsá-la… ela acontece sem saber se aquela pessoa é certa ou errada. Obviamente, depois de alcançar alguma maturidade, você já consegue filtrar ou não dar vazão, mas isso não quer dizer que ela não exista.
Pode ser por alguém que você nunca tenha visto antes, pode ser por alguém que está ali no seu círculo de convivência… um amigo, por exemplo… já falei aqui em algum texto sobre amigos que se apaixonaram e ficaram juntos, mas agora refiro-me à simples atração física… aquele apelo sexual entre corpos que você sabe que não passará daquilo, mas que está ali, tirando a sua concentração e fazendo você se questionar se essa perturbação significa o suficiente para se transformar em um sentimento mais forte, tipo…. amor?
Para fins de ilustração, conto agora a história de uma mulher inteligente, madura e perspicaz que, mesmo tendo consciência do que acontece a sua volta, não consegue dominar esse desejo quase primitivo de se jogar nos braços de um amigo…
Em um dia de carência mútua, os dois “ficaram”… não foi nada planejado, apenas aconteceu. Ficaram mais algumas vezes em intervalos cada vez maiores e apesar dela estar consciente da amizade que os aproximavam, de não ter nada em comum com ele e até tentar evitar, as “faíscas” continuavam existindo.
Foi então que ela percebeu que essa atração era muito forte e até imaginou que poderia dar certo transformá-la em algo maior. Resolveu contar para ele… essa decisão só foi possível, por conta de algumas doses extras de álcool… o álcool entra e a verdade sai! Apesar da conversa não ter sido muito confortável, viram que não passaria daquilo, afinal ele se mostrava interessado em outra pessoa e ela, por sua vez, percebeu que o amigo estava mesmo distante de ser alguém com quem ela pudesse começar um namoro sério.
A história parou por aí, hoje ela está namorando um rapaz que a faz muito feliz e que tem inúmeras coisas em comum com ela. Ela está apaixonada! Bom… os encontros mais íntimos com o amigo acabaram, mas a atração continua… e ela percebe essa “liga”, todas as vezes que ele se aproxima, sorri ou brinca com ela de uma forma mais diferenciada. Certamente, ele deve sentir a mesma coisa. Mas até então não passou disso! A única coisa que a deixa inquieta é o fato de estar feliz com o namorado, dele ser alguém especial e paralelo à isso, ela continuar se sentindo atraída por esse amigo de abraços encantadores.
Contraditório amar alguém e se sentir atraído por outro? Não! É comum e todos estamos sujeitos a passar por isso, ainda que não haja intenção. O que irá diferenciar as pessoas, serão os variados tipos de comportamentos que elas podem ter. Negligenciar uma paixão por alguém especial e vez ou outra se entregar aos desejos da carne? Abafar a atração pulsante do corpo ao encontrar esse alguém, mesmo que todos os seus instintos estejam pedindo o contrário?
Quem poderá dizer o que é certo ou errado? A opinião é constitucional e a escolha pertence a cada um. É apenas preciso estar atento, pois nessa brincadeira de seguir os instintos, alguma das feras poderá sair arranhada.

1 comentários:

Postar um comentário

Faça um Blogueiro feliz, comente! rsrs ♥
Obrigado amores pelo carinho sempre constante.