“…durante muito tempo em sua vida… eu vou viver”

Soube que você encontrou alguns amigos meus em uma festa… eles me disseram. Contaram que você estava acompanhado da sua nova namorada.

Disseram muitas outras coisas também…
Que você não a beija da mesma forma carinhosa que me beijava. 
Que ela não fala nada que te faça ri e nem que te deixe interessado. 
Que você perguntou se eu ainda estou sozinha, se tenho viajado ou se deu certo aquele meu projeto que você conheceu quando ainda era um sonho. 
Contaram que em alguns momentos você parecia entediado e irritado com a companhia e que não brincava com ela, como costumava me fazer gargalhar o tempo inteiro. 
Perguntou porque eu não estava ali, relembrou várias histórias em que eu estava ao seu lado e os encontros da turma na nossa casa… não mencionou, mas certamente lembrou que depois que todos iam embora, ficávamos só nós dois, no quarto, felizes e curtindo a presença um do outro. 
Disse que sentia muita falta de todos… mas não teve coragem de dizer que sentia falta de mim. 
Perceberam que você ainda usa expressões minhas e que o relógio ainda é aquele que eu te dei. 
Provocava assuntos que pudessem levar a citarem o meu nome e não disfarçava a atenção quando alguém falava de mim. 
Quando precisou ir embora, por insistência da sua companhia,  se despediu de todo mundo e a cada um, pediu que me mandasse beijos e que eu desse notícias. Foi embora com um ar de quem queria ficar… não só ali naquela festa, mas no passado em que vivemos e nos perdemos.

E vai ser sempre assim… você não vai me esquecer, nem adianta tentar!